242 membros completam uma formação exaustiva para visitarem os agregados familiares que participam na MDA no condado de Kwale, no Quénia.
O projeto BOHEMIA concluiu recentemente uma formação de 11 dias para as sua equipa de implementação na cidade de Kwale, no Quénia. Este projeto financiado pela Unitaid está a explorar uma estratégia de controlo de vetores inovadora, que consiste em usar a ivermectina para reduzir as populações de mosquitos. O projeto inclui duas campanhas de administração massiva de medicamentos (MDA) em Moçambique e no Quénia.
Após a conclusão da MDA em Mopeia, em Moçambique, a equipa do projeto está agora a preparar-se para implementar uma segunda MDA no condado queniano de Kwale. A recente ação de formação contou com a participação de 242 elementos recentemente recrutados para a equipa de implementação, que vão visitar os agregados familiares ao longo das várias fases da MDA. A formação foi conduzida pela equipa da BOHEMIA, com o apoio do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), do Kenya Medical Research Institute (KEMRI) e do programa de investigação KEMRI-Wellcome Trust, dividida em vários aspetos da implementação de uma MDA, desde garantir a integridade ética na obtenção do consentimento dos participantes até utilizar novas ferramentas e tecnologias que permitam recolher dados nos agregados familiares.
«Com base nas lições aprendidas na MDA em Moçambique, decidimos adotar uma abordagem de “campanha” para a MDA no Quénia. Será um desafio, mas temos toda a confiança de que as equipas estão agora bem equipadas para implementar esta conceção de estudo tão ambiciosa», comenta Leah Musyoka, uma das formadoras. Outro formador, Jamal Salim, prepara-se para todas as questões imprevistas que vão surgir quando começar o estudo, «Graças ao nosso espírito de equipa excecional, tenho a certeza de que vamos contornar qualquer futuro obstáculo».
As equipas de implementação vão começar a visitar os cerca de 7000 agregados familiares participantes previstos a partir de junho, com o fim de recolherem dados demográficos que irão ajudar a aleatorizar os agregados familiares para a MDA. A próxima formação agendada para antes da realização da MDA irá ensinar às equipas a administrar o fármaco, a recolher amostras de sangue e a tratar aqueles que estejam infetados com malária. Partilhando a sua experiência da formação, Kithi Isaac Masha, um jovem participante, disse: «Foi fascinante apender a realizar várias tarefas associadas à implementação de um estudo desta envergadura. Muitos de nós aprendemos novas aptidões, como usar ferramentas de recolha de dados, tais como ODK e Locus GIS».